..:: Morte à Egüinha Pocotó ::..
Meu camarada Reinaldo Santana, o ReyNet, fez chegar a meus olhos uma mensagem que ele, por sua vez, recebeu de um amigo. O autor da mensagem me é desconhecido, mas sua revolta se faz minha. Abaixo replico a mensagem.
Meu camarada Reinaldo Santana, o ReyNet, fez chegar a meus olhos uma mensagem que ele, por sua vez, recebeu de um amigo. O autor da mensagem me é desconhecido, mas sua revolta se faz minha. Abaixo replico a mensagem.
EGÜINHA POCOTÓ
Vou mandando um beijinho
Pra filhinha e pra vovó
Mas não posso esquecer
Da minha égüinha pocotó
Pocotó pocotó pocotó pocotó
Minha egüinha pocotó?
Esse é o grande sucesso da música popular brasileira, que domingo ocupou horas preciosas do horário nobre do programa do Gugu, batendo recordes de audiência.
O autor é um tal de MC Serginho... e o ritmo é uma coisa que os do ramo chamam de funk.
Enquanto o Serginho recitava a letra, um sujeito efeminado tinha convulsões, que depois descobri ser a tal dança da égüinha pocotó.
O nome do sujeito?
Lacraia.
Meus amigos, neste domingo consagrou-se o mais novo ídolo da música popular brasileira: o Lacraia.
O jumento e o cavalinho
Eles nunca andam só
Quando sai pra passear
Levam a égua pocotó
Pocotó pocotó pocotó
Minha egüinha pocotó
Enquanto o índice da audiência subia, a atração era mantida no ar. E à noite, foi orgulhosamente reprisada por um Gugu exultante com a audiência histórica.
Neste domingo, milhões de brasileiros assistiram, espero que envergonhados, ao triunfo da mediocridade. Á afirmação de que existe, sim, um processo para mediocrizar o Brasil.
Eu sou pai. E assisto, consciente de minha impotência diante da máquina da TV, minha filha de 12 anos se divertindo, cantando e dançando o pocotó.
Por sorte ela não entende as letras paupérrimas, chulas, apelando para o sexo e tratando as mulheres de éguas e cadelas.
Sabe o que mais dói? É que enquanto essas baixarias ocupam horas do horário nobre, os brasileiros que fazem música de qualidade, estão sendo deixados de lado.
Vale o que os homens de marketing das gravadoras acham que vai vender. E dá-lhe a dança da garrafa, a dança da cadela, a dança da égüinha....
Nessas horas, tenho vergonha de ser um profissional de marketing.
Imagino que se aparecessem hoje dois jovens, com seus 23 anos, chamados Caetano Velloso e Gilberto Gil, seriam deixados de lado em favor do tal MC Serginho ou outras mediocridades que vendem.
E não teríamos o Tropicalismo.
Surgisse um Chico Buarque, com seus 20 e poucos anos, não chegaria nem às rádios alternativas.
Porquê alguém está decidindo, com a bunda, o que o brasileiro vai ouvir. E assisitir.
O resultado é a mediocrização da música popular brasileira. A popularização do lixo. A lavagem cerebral da garotada.
Que música estará sendo feita no Brasil daqui a 30 anos, pelos garotos que estão tendo a cabeça feita pela egüinha pocotó?
Eu me senti ofendido.
E o consolo de desligar a televisão, não adiantou. Eu sabia que outros milhões de brasileiros estavam naquele momento, assistindo o jumento, o cavalinho e a egüinha pocotó, sem perceber que a TV os chamava de burros.
Pra filhinha e pra vovó
Mas não posso esquecer
Da minha égüinha pocotó
Pocotó pocotó pocotó pocotó
Minha egüinha pocotó?
Esse é o grande sucesso da música popular brasileira, que domingo ocupou horas preciosas do horário nobre do programa do Gugu, batendo recordes de audiência.
O autor é um tal de MC Serginho... e o ritmo é uma coisa que os do ramo chamam de funk.
Enquanto o Serginho recitava a letra, um sujeito efeminado tinha convulsões, que depois descobri ser a tal dança da égüinha pocotó.
O nome do sujeito?
Lacraia.
Meus amigos, neste domingo consagrou-se o mais novo ídolo da música popular brasileira: o Lacraia.
Eles nunca andam só
Quando sai pra passear
Levam a égua pocotó
Pocotó pocotó pocotó
Minha egüinha pocotó
Enquanto o índice da audiência subia, a atração era mantida no ar. E à noite, foi orgulhosamente reprisada por um Gugu exultante com a audiência histórica.
Neste domingo, milhões de brasileiros assistiram, espero que envergonhados, ao triunfo da mediocridade. Á afirmação de que existe, sim, um processo para mediocrizar o Brasil.
Eu sou pai. E assisto, consciente de minha impotência diante da máquina da TV, minha filha de 12 anos se divertindo, cantando e dançando o pocotó.
Por sorte ela não entende as letras paupérrimas, chulas, apelando para o sexo e tratando as mulheres de éguas e cadelas.
Sabe o que mais dói? É que enquanto essas baixarias ocupam horas do horário nobre, os brasileiros que fazem música de qualidade, estão sendo deixados de lado.
Vale o que os homens de marketing das gravadoras acham que vai vender. E dá-lhe a dança da garrafa, a dança da cadela, a dança da égüinha....
Nessas horas, tenho vergonha de ser um profissional de marketing.
Imagino que se aparecessem hoje dois jovens, com seus 23 anos, chamados Caetano Velloso e Gilberto Gil, seriam deixados de lado em favor do tal MC Serginho ou outras mediocridades que vendem.
E não teríamos o Tropicalismo.
Surgisse um Chico Buarque, com seus 20 e poucos anos, não chegaria nem às rádios alternativas.
Porquê alguém está decidindo, com a bunda, o que o brasileiro vai ouvir. E assisitir.
O resultado é a mediocrização da música popular brasileira. A popularização do lixo. A lavagem cerebral da garotada.
Que música estará sendo feita no Brasil daqui a 30 anos, pelos garotos que estão tendo a cabeça feita pela egüinha pocotó?
Eu me senti ofendido.
E o consolo de desligar a televisão, não adiantou. Eu sabia que outros milhões de brasileiros estavam naquele momento, assistindo o jumento, o cavalinho e a egüinha pocotó, sem perceber que a TV os chamava de burros.
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